Conheça os projetos ganhadores do Prêmio Autocuidado em Saúde Acessa 2025
Confira os projetos vencedores da edição 2025.
O Prêmio Autocuidado em Saúde Acessa é uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (ACESSA), reconhecida por promover o letramento em saúde e incentivar o uso responsável de produtos voltados ao autocuidado. Com o propósito de estimular a construção de um futuro mais saudável, a ACESSA criou, há quatro anos, em parceria com a Editora Abril, o Prêmio Autocuidado em Saúde ACESSA. Confira os projetos vencedores da edição 2025. CATEGORIA: PROMOÇÃO À SAÚDE Estratégia para uma longevidade ativa Arte e Cultura, Esportes e Lazer, Saúde Física e Mental e Sociocultural e Empreendedorismo – quatro eixos compõem o UniversIDADE, programa da Universidade de Campinas (Unicamp) que busca estimular a participação ativa e a qualidade de vida da população 50+. Na programação, atividades presenciais e virtuais, além de eventos como o Seminário sobre Longevidade e Qualidade de Vida, entre outras ações que orientam e disseminam conhecimento no contexto do envelhecimento. “O Circuito Saúde, por exemplo, é uma parceria com o Centro de Saúde da Comunidade de Unicamp. Nós criamos estações nas quais é possível medir IMC, colesterol, triglicérides. Se é época de alguma campanha de vacinação, as doses são oferecidas. Tem profissionais de fisioterapia, odontologia, psicologia,enfermagem”, ressalta Alice Helena De Danielli, idealizadora e coordenadora do UniversIDADE. “A regra básica é se inscrever em pelo menos uma atividade de cada eixo. Todas as ações são propostas de forma voluntária por docentes, alunos, funcionários da Unicamp e, hoje, também pelos nossos próprios participantes”, conta Alice. Isso porque o programa ainda incentiva indivíduos a compartilharem seus conhecimentos nas mais diversas áreas, proporcionando um ambiente em que as pessoas idosas possam se manter ativas e integradas à sociedade, favorecendo o desenvolvimento físico, mental e social dessa população. Ao fomentar a integração com outras pessoas, a estratégia fortalece laços que fazem diferença na vida dos participantes. “Eu costumo dizer que nosso programa transforma vidas”, comemora Alice. A metodologia adotada pela Unicamp atende em média mil alunos por semestre no campus de Campinas, cerca de 130 no de Limeira e 100 na Faculdade de Odontologia de Piracicaba. São oferecidas 220 atividades por semestre, que disponibilizam mais de 5500 vagas. Programa UniversIDADE - Um programa para a longevidade Autores: Alice Helena De Danielli, Georgia Carolina Carvalho Martins, Rosana Aranha Dutra Rosa, Vânia Raquel Monteiro, Luís César Ribeiro e Rinaldo Aparecido Norato. Instituição: Pró-reitoria e Extensão, Esportes e Cultura da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) CATEGORIA: COMUNICAÇÃO E AUTOCONHECIMENTO Afrojogos: a saúde da comunidade negra em foco Vem da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) o Afrojogos, projeto que, alinhado à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, é voltado a criar, validar e disponibilizar games capazes de mediar processos de educação em saúde culturalmente relevantes em distintos cenários, incluindo o SUS. “São jogos de tabuleiro que têm na sua narrativa, na sua jogabilidade, elementos da cultura negra, para que a gente possa conversar com essa comunidade a partir de uma relação muito mais próxima e causando mais empatia, mais imersão, mais envolvimento e, portanto, uma educação de saúde que seja mais significativa, tentando propiciar mudanças na vida dessas pessoas”, explica a enfermeira Suiane Costa Ferreira, professora da Uneb e coordenadora do grupo de pesquisa Afrocentrar Saúde da instituição. Testados em escolas públicas municipais e estaduais, assim como no território quilombola de Praia Grande na Ilha de Maré, em parceria com o Instituto de Pesca Artesanal, e em unidades de saúde da família em áreas periféricas da cidade, os jogos se estruturam em linguagem acessível sem perder o foco na ciência. “Cada jogo passa por pelo menos dois anos de testagens e melhoramentos”, conta Suiane. Partindo da premissa de que as pessoas negras têm particularidades biológicas, sociais, culturais, espirituais e territoriais que precisam ser consideradas no âmbito da saúde, até o momento a equipe responsável pela estratégia desenvolveu afrojogos com temáticas como educação sexual, estresse e autocuidado, autoamor e saúde mental, saúde da pessoa idosa, prevenção de lesão e especificidades da pele negra. Desenvolvendo afrojogos para mediar uma educação em saúde culturalmente relevante junto à comunidade negra Autores: Suiane Costa Ferreira e Carolina Pedroza de Carvalho Garcia. Instituição: Universidade do Estado da Bahia (Uneb) CATEGORIA: SOLUÇÕES DIGITAIS E TECNOLOGIAS INOVADORAS Tia Bete: uma assistente virtual para pessoas com diabetes Criada em uma healthtech de mesmo nome e incubada no InovaHC, núcleo de inovação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Tia Bete se baseia em inteligência artificial para dar suporte personalizado a quem convive com diabetes. “A pessoa com diabetes tipo 1 tem uma rotina de administrar insulina, contar carboidratos. Quem tem o tipo 2 por vezes tem horário para tomar medicação, para fazer atividade física, gerenciar o cardápio para se alimentar melhor”, descreve o médico Leonardo Scandolara Junior, cofundador do Tia Bete, ele próprio com diabetes tipo 1 desde a infância. “A partir das informações coletadas quando a pessoa se cadastra, a assistente conduz a trilhas educacionais específicas”, descreve Felipe Muller, também cofundador da solução. Via whatsapp, Tia Bete responde a dúvidas em tempo real, conta carboidratos e calcula doses de insulina, além de fornecer gráficos para acompanhamento da glicemia. “Se o indivíduo relata dúvida sobre como aplicar a medicação, ela mostra um vídeo sobre o tema. Se a dificuldade é sobre alimentação, ela dá orientações nutricionais. É uma ferramenta educacional personalizada de acordo com o tipo de diabetes e as necessidades individuais”, diz Leonardo. Seguindo diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes e com supervisão médica contínua, a assistente virtual é gratuita e democratiza o acesso a informações confiáveis, promovendo autonomia nos cuidados. Um ano após o lançamento, a solução já impactou a vida de mais de 40 mil brasileiros, que conseguem com ela entender melhor sua condição. Contribuindo para a redução de complicações associadas ao diabetes, a inovação melhora a adesão ao tratamento, estimula hábitos saudáveis e tem potencial de beneficiar milhões de pessoas, especialmente em contextos de vulnerabilidade social. Tia Bete Autores: Felipe Muller e Leonardo Scandolara Junior. Instituição: Tia Bete