Informação de qualidade é remédio contra fake news e protege a saúde
Procurar fontes seguras faz diferença na hora de tomar decisões sobre a melhor maneira de cuidar do corpo e da mente
Informar-se, ter uma atitude ativa e responsável a respeito da própria saúde, conhecer a si mesmo e estar atento aos sinais do próprio corpo são princípios que percorrem o conceito de autocuidado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o chamado letramento em saúde, ou seja, a capacidade de obter, processar e compreender informações de forma a tomar decisões apropriadas quanto ao autocuidado, é determinante tanto na prevenção quanto no controle de doenças. “Nesse sentido, ainda há muito o que fazer quando se trata de orientar e educar a população, sobretudo considerando a dificuldade em identificar notícias falsas sobre saúde e escapar de seus efeitos negativos”, diz Marli Sileci, vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa). Fake news têm de fato grande potencial de impacto negativo sobre a saúde física e mental. O enfrentamento da pandemia de Covid-19 deu ainda mais relevância ao tema – de orientações desencontradas sobre como se proteger do vírus a opiniões distorcidas a respeito da segurança e eficácia das vacinas, fomos bombardeados por notícias falsas que dificultaram o controle da doença. “Por outro lado, o momento despertou também maior preocupação em relação à veracidade dos conteúdos compartilhados, abrindo caminho para uma população mais esclarecida e consciente da necessidade de encontrar fontes confiáveis”, pondera a executiva da ACESSA. Esse movimento é cada vez mais importante, uma vez que a desinformação causa estragos tanto no corpo quanto na mente. De acordo com a OMS, ao longo da pandemia, conteúdos incorretos aumentaram a sensação de insegurança e turbinaram casos de ansiedade e depressão. “Estudos sugerem que informações falsas alcançam mais pessoas do que as verdadeiras nas redes sociais. Esse é um fenômeno que os psicólogos chamam de ‘viés negativo’, que ocorre quando se foca mais o que é potencialmente prejudicial do que aquilo que é útil”, descreve Marli Sileci. A executiva resume maneiras de minimizar essa carga negativa e encontrar boas fontes de informação. • A checagem da fonte é essencial. • Além disso, leia a matéria completa (além dos títulos e manchetes). • Identifique o autor, cheque a data de publicação, avalie as evidências de apoio ao conteúdo propagado (estudos, guias, consensos). • Cheque os vieses (se há algum conflito de interesse). • Recorra a fontes confiáveis (entidades de classe, de profissionais e veículos sérios de comunicação). O valor do autoconhecimento A consciência a respeito do próprio bem-estar permite que a pessoa consiga identificar as áreas que precisam ser melhoradas e diferenciar as situações que podem ser controladas sem ajuda médica daquelas que exigem uma avaliação profissional. “O autoconhecimento é uma ferramenta essencial para observar seu corpo, seus pensamentos e sentimentos, e perceber as reações em relação a momentos, situações, pessoas e locais. Ele pode auxiliar na identificação de sinais e sintomas que não são comuns à sua vida e mostram que sua saúde precisa de mais atenção”, pontua Marli Sileci. No aspecto emocional, conhecer a si mesmo favorece a percepção sobre comportamentos capazes de interferir nas relações familiares, sociais e de trabalho e que podem prejudicar o equilíbrio mental. “Para diminuir os efeitos negativos das preocupações e incertezas, a criação de bons hábitos é importante, e o autoconhecimento pode ser um aliado nessa luta”, observa Marli Sileci. “Mas é bom destacar que quadros de depressão e ansiedade são doenças sérias e precisam de assistência profissional para serem devidamente tratados. A ACESSA apoia a busca por esse tipo de ajuda, que vai otimizar as ações de autocuidado no dia a dia”, alerta. O autoconhecimento facilita, ainda, a interação médico-paciente – saber seu histórico familiar, se as vacinas estão em dia, se a pressão arterial tem estado acima do indicado, por exemplo, impacta a tomada conjunta de decisões e faz diferença na adesão ao plano de tratamento e eventuais mudanças no estilo de vida. “O empoderamento para cuidar da própria saúde vem do autocuidado todos os dias, sete dias por semana. Essa prática se refere a ter tempo para executar ações capazes de melhorar tanto a saúde física quanto a mental”, conclui a VP da ACESSA. Sobre a ACESSA Trata-se da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde, que visa ampliar o debate sobre o autocuidado em saúde perante os diversos públicos que integram essa equação. Por meio do desenvolvimento e envolvimento de todos os protagonistas da cadeia, nossa missão é atuar no sistema de saúde para que as pessoas possam tomar decisões em relação ao autocuidado de forma responsável, consciente e segura, promovendo, assim, mais saúde e maior liberdade de escolha. Saiba mais em nosso site clicando aqui.